lunedì 28 dicembre 2015

Uma história do comando vermelho Rj ©🔴

Marcinho Santos Nepomuceno. Conhecido pelos apelidos de Marcinho ou Marcinho PV. Atualmente ocupa o posto maior na facção do Comando Vermelho, e já foi peça chave no andamento da facção durante décadas.

Conhecido apenas como Pivete. Marcinho segundo registros, foi nascido e criado em São João de Meriti, na comunidade da Vila Norma.

Pobre como a maioria dos moradores na época, os crimes do Marcinho começou desde cedo na Vila Norma, onde praticava pequenos furtos e se drogava, mesmo com pouca idade.

Segundo registros, ele teve pouco acesso a escola, sendo seduzido pela vida criminosa desde menor.


Sem muitos detalhes, no inicio dos anos 90 o Marcinho começou a integrar o grupo de bandidos do Complexo do Alemão (CV) um reduto perigoso do Comando Vermelho.

Ele fazia parte do grupo do chefão do Alemão na época, o traficante Orlando Jogador. Homem de confiança do Rogério Legrumber, o Bagulhão, que praticamente sacramentou o CV na totalidade do Complexo do Alemão e Penha.

Como é comum na vida do crime, a ascensão do Orlando Jogador foi derrubando os possíveis concorrentes na hierarquia.

Antes de ocupar o cargo maior no Alemão, ele era comandado pelo traficante conhecido como China. 

Com ajuda do parceiro Chico Bala, derrubou o China do cargo de chefe e assumiu esse posto.

Junto com seu comparsa Chico Bala, foi tomando e colocando as bocas de fumo nas diversas comunidades do Complexo do Alemão.

Nesse meio tempo, vinha o Marcinho, que era integrante do grupo do Orlando na região norte do Complexo do Alemão.

Anos depois, quando o traficante Uê armou uma emboscada para o Orlando Jogador, matando ele e mais 14 aliados, e assumindo a parte sul do Complexo do Alemão, o Marcinho começou a dar as caras na facção.

Orlando JOgador.
Essa é uma história com muitas versões, e com muitos entendimentos.

A rixa entre Orlando x Uê já vinha á tempos.

O Orlando que colocou o jovem Uê na vida criminosa, dando a gerencia do Morro do Adeus, onde o Uê era criado, e seu pai era um bandido influente na comunidade.

Como o Orlando era um grande amigo do pai do Uê, entregou-lhe o comando do Adeus.

Mal ele sabia que futuramente seria um erro.

Uê cresceu rapidamente no tráfico, fortificando o Morro do Adeus, ganhando a confiança de muitos líderes do Comando Vermelho e se aventurando na distribuição de Cocaína.

Obvio que sua ascensão virou um alvo para os traficantes do Complexo do Alemão, mesmo integrando a própria facção, não gostavam do Uê.

Uê.
Em 1994 aconteceu a morte que todos já conhecem.

Uê sabia que o Orlando tramaria sua morte para reassumir o Morro do Adeus, e tratou de se adiantar.

Convocou aliados da facção Terceiro Comando (TC) e armou uma emboscada para o Jogador dentro da Favela da Grota, no Complexo do Alemão.

Ficou no comando da Grota e de parte da Nova Brasília.

Depois do ocorrido, a cúpula do Comando Vermelho, uma ala mais velha de antigos e conselheiros, se reuniram para dar a sentença ao Uê.

Numa reunião calorosa, absolveram o Uê pela morte do Orlando Jogador, afirmando que foi legitima defesa. Tendo em vista que o Uê provaria que o Orlando também estava tramando contra ele.

Essa reunião revoltou a “ala mais jovem” do Comando Vermelho, que era encabeçada principalmente pelos traficantes Marcinho PV, Fernandinho Beira-Mar e Elias Maluco.


Eles queriam a expulsão do Uê, e também que ele devolvesse as duas comunidades que ele dominou no Complexo do Alemão.

No Intimo, a “ala mais velha” também não aceitaram a forma que o Orlando Jogador subiu na hierarquia do Complexo do Alemão, e nem dos constantes investimentos no Complexo, como no aumento de fuzis Americanos e Bailes Funks.

A ala mais velha se tratava de bandidos da antiga Falange, que no passado, foram doutrinados com a ideologia “comunista”, na convivência com presos políticos na época da ditadura Militar.

Eles não estariam preparados para um novo Comando Vermelho, com a ideologia de enfrentamento a todo custo.

No estopim dessa crise dentro da facção, o Marcinho reuniu os traficantes da sua confiança, e sozinho e sem autorização, retomou a Grota e a Nova Brasília, em seguida, expulsou o grupo todo do Uê.

Decretou Guerra ao Morro do Adeus, e deixou claro dentro da “cúpula”, que não iria aceitar um traficante que traiu a facção, matando um companheiro.

Virou o número um do Complexo do Alemão com apenas 17 anos.


Para surpresa da “ala mais velha”, todos os chefes que estavam em liberdades, e os Assaltantes e traficantes mais novos, concordaram com o Marcinho e gostaram da ideia de combater o Uê e seus comparsas.

Pra rachar o grupo, eles criaram um novo Comando Vermelho, que veio à ser o CVJ (Comando Vermelho Jovem) uma ala dissidente do velho CV.

A união não demorou muito acontecer, pois os lucros do Complexo do Alemão não estavam sendo repassados para “ala mais velha” da cadeia, e o CVJ começou sustentar uma “caixinha” própria, entre os bandidos que fechavam com o Marcinho.

Obvio que o grupo mais velho não queria ficar sem dinheiro, e aceitou na marra uma ideologia nova na facção.

E o pior, notaram que foi um erro absolver o Uê, pois ele tratou logo de se unir com o Terceiro Comando, e futuramente iria ser um dos criadores da facção ADA.


Depois dessa crise dentro do Comando Vermelho, uma ala mais nova foi ganhando o posto mair no conselho dentro da facção. Um conselho que era formado dentro dos presídios.

Para fortificar a ideologia de enfrentamento do Marcinho e Elias Maluco, de dentro dos presídios, eles ganharam o apoio do traficante Isaías do Borel, homem muito respeitado dentro da facção.

Outros traficantes foram se aliando a nova ideologia, assim como o My Thor e Porca Russa, homens que tinham a confiança do Isaías do Borel.

Isaias do Borel.
Foi a queda da ala mais velha, que não tinha mais apoio dentro do CV.

Prisão do Marcinho PV no Complexo


Com ascensão do grupo do Marcinho no Rio de Janeiro, as guerras no Alemão aumentaram, pois na mesma década, tiveram que expulsar o TC de comunidades do Complexo da Penha.

Além de combaterem o grupo do Uê no Morro do Adeus.

Quase toda semana o grupo do Marcinho subia até o Morro do Adeus, mas rapidamente saíam, pois o Uê deixava muitos fuzis na subida do Adeus. Pegando os inimigos de cima pra baixo.

Morro do Adeus.
Naquele momento a Policia já estava na cola do Marcinho PV.

Ele estava comprando muitos fuzis para o Complexo do Alemão, aumentou as bocas de fumo, promovia bailes funks, e estendia a violência do Alemão para as ruas do Rio de Janeiro.

O estopim foi a morte de dois comparsas na Favela da Grota.

Além de ordenar a morte dos comparsas. Ordenou que esquartejassem os dois, e separassem os membros em vários cantos da Grota. Crime extremamente hediondo.

Marcinho PV.
Foi ai que em 1996 a caçada chegou ao fim, e a Policia conseguiu botar as mãos no Marcinho PV, que tentou se passar como morador, mas não deu certo.

Dai por diante, a história do Marcinho se baseia com decisões das penitenciárias do Brasil.

Administração do Marcinho PV dentro das cadeias


Ele ficou por anos no Complexo Penitenciário de Gericinó em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Controlava o tráfico bem de perto, colocando o seu comparsa Elias Maluco como número 1 no Complexo do Alemão e Penha. Tudo que acontecia por lá, o Marcinho deveria ficar sabendo.

Em meado de 1997, as penitenciárias de Bangu começaram a se tornar um barril de pólvora, que estava prestes a explodir.

As autoridades conseguiram colocar as mãos no traficante Ue, que na época, já era tido como o traficante mais procurado do Rio de Janeiro, e o principal fornecedor de drogas de países vizinhos ao Brasil.

Foi nessa época que começaram a dividir as alas dentro do Bangu, de acordo com cada facção criminosa.

Fernandinho Beira-Mar.
Nesse meio tempo, o Fernandinho Beira-Mar, comparsa do Marcinho, começou a se tornar o distribuidor de drogas e armas mais influente do Rio de Janeiro.

Isso era mais lucros para o Comando Vermelho. Como eram amigos, o Fernandinho dava prioridade para as comunidades que pertencia ao Comando Vermelho.

O centro de distribuição do Fernandinho rivalizava com a do Uê, e era um problema, principalmente para o CV.

Com o Uê encarcerado, os problemas estariam parcialmente resolvidos, pois nas ruas, estavam os comparsas do Uê para dar continuidade na ação criminosa.

Em meados do ano 2000 o Marcinho tentou sua primeira fuga da penitenciária.


Foi acusado de participar da construção de um túnel subterrâneo de 90 metrôs, para abrir uma fuga em massa nas alas de Bangu I e III.

A policia descobriu rápido, e esfriou os anônimos do CV.

Conforme o tempo veio passando os presídios de Bangu se inflaram de traficantes importantes das 3 facções do Rio de Janeiro. O Marcinho foi ganhando mais companheiros na convivência, e isso se tornaria um perigo futuramente.

Até que encarceram os principais cabeças do ADA na época, bem como os traficantes Celsinho da Vila Vintém, Café do Andaraí, Orelha, Robertinho do Adeus entre outros.

Celsinho da Vintém.
Virou um perigo para o Comando Vermelho, ter os principais rivais bem ao lado.

Foi ai que começaram as negociações, e o famoso “quem paga mais, por quem”.

Em meados de 2001 as autoridades Colombianas conseguiram capturar o maior traficante do Brasil naquele momento, o bandido Fernandinho Beira-Mar.

Procurado nos quatro cantos do Brasil, procurado na Colômbia por ser aliado da FARC, e na mira de oficiais Americanos.

No entendimento de ambos, o Fernandinho estava distribuindo Cocaína e Armas para os principais países da América do Sul, e para parte dos Estados Unidos.

Era influente na distribuição da Maconha na divisa com Paraguai, onde assumiu o posto executando os distribuidores da família Morel.


As autoridades chegaram a pedir ajuda do FBI e da CIA para capturar o Beira-Mar, e colocaram o valor de R$ 100 mil reais de recompensa.

Até que o exército Colombiano capturou o traficante. Ele estava com bandidos da FARC na mata, e foi fácil identifica-lo. Estudos apontam que foi um acordo do Grupo Revolucionário e o Governo Colombiano, para entregar o Fernandinho em troca de regalias no país.

Tudo teve um fim, só que tiveram a brilhante ideia de colocar um traficante internacional e importante na América do Sul, junto com os companheiros nas celas de Bangu, no Rio de Janeiro.

Daí o Barril de pólvora estourou mesmo!

Todos unidos por um só ideal, que era derrubar o grupo do Uê em Bangu.


Em Setembro de 2002, Fernandinho e Beira-Mar arquitetaram uma maneira de exterminar os rivais, mesmo dentro dos presídios de Bangu.

Negociaram uma rebelião com carcereiros corruptos, e o grupo do Marcinho ofereceu uma quantia de 400 mil reais pelo serviço.

A ideia era que a Rebelião fosse algo rápido. Queriam apenas entrar na cela do ADA, executar os comparsas do Uê e quebrar o braço financeiro da facção rival.

Num episódio que todos já conhecem. Um carcereiro abriu as celas e deu uma pistola e uma escopeta calibre 12 para o grupo do Marcinho, e a rebelião estourou.

Invadiram a cela em que estavam o Uê e seus cunhados, e fizeram o serviço ali mesmo.

Queriam vingar a morte do companheiro Orlando Jogador, mas outros traficante do CV queriam colocar a limpo brigas antigas, bem como a morte de um familiar do Claudinho da Mineira, onde o Uê ordenou a execução.

Segundo relatos da época, o Uê foi espancado por todos os integrantes do CV. Aplicaram vários tiros de pistolas e jogaram fogo no corpo, embrulhado nos colchões.

Orelha, Wanderley e Robô foram mortos a tiros de forma rápido. O alvo principal da rebelião era o Uê, e assim fizeram.

Uma curiosidade da época.

Na mesma cela estava o importante Celsinho da Vila Vintém, que era um ex-comando vermelho também.


Mas estranhamente ele saiu ileso da rebelião.

Segundo relatos, o grupo do Marcinho poupou a vida o Celsinho. Disseram que apenas desejavam fazer uma cobrança, e que não tinham problemas nenhum com o chefão da Vila Vintém.

O Celsinho conseguiu sair de forma amigável do Comando Vermelho. Não criou briga pessoal com nenhum bandido da sua antiga facção.

Já calorosos simpatizantes da facção ADA, apontam que um dos mentores da rebelião foi o Celsinho.

Ele teria informado para o grupo do Marcinho que o traficante Uê não estava disposto a participar do leilão para que acontecesse a Rebelião.


Dias depois os bandidos do ADA realizaram uma reunião nas ruas, e consideraram que o Celsinho não teve influência na morte do Uê.

A rebelião que causou a morte de vários traficantes, deixou em descrédito a segurança pública do Rio de Janeiro, que tomaram uma medida para responder a sociedade.


Trataram de transferir todos os traficantes do Grupo do Marcinho PV, e colocando em presídios Federais espalhados pelo Brasil.

Na ocasião, o Marcinho foi deslocado para o presídio de Catanduvas no Paraná.


O crescimento do império no Comando Vermelho


Com o Marcinho PV longe e incomunicável. Com seu companheiro Elias Maluco preso pela morte do Jornalista Tim Lopes no Complexo do Alemão, o seu império tomaria outros rumos.

Até que na década de 2000, o Quartel General no Complexo do Alemão e Penha foi criado.

Marcinho administrava o Complexo do Alemão, e o Elias Maluco administrava o Complexo da Penha. Dois importantes redutos para o Comando Vermelho.

No Complexo do Alemão o tráfico seguiu com vários gerentes-gerais comandando diversos pontos, e com pouca expressão na mídia.

O traficante mais conhecido e que sacramentou um novo Complexo do Alemão, foi o traficante conhecido como Tota.

Tota.
Tota foi escolhido à dedo pelo Marcinho para liderar seu império. Ele não era nascido e criado no Complexo do Alemão, e não tinha um apoio dos traficantes de lá.

Administração do Tota era a ferro e fogo dentro do Complexo. Ou obedecia, ou morria, e assim ele fazia até com os moradores.

Ganhou uma moral grande na facção, quando tomou as bocas do Morro do Adeus em Bonsucesso. O Adeus já estava quebrado e sem líder, e o Tota ofereceu melhorias, e os bandidos que sobraram do ADA, optaram por trocar de facção.

Tomar o Morro do Adeus era questão de honra para o grupo do Marcinho, devido a rivalidade que ele teve com o traficante Uê.

Mas lá não dava grandes lucros, se compararmos outros redutos dentro do Complexo do Alemão.

Foi passando o tempo e o Tota começou a ser tornar mais cruel na liderança do Alemão. Depois que mataram seu irmão na Favela da Grota, ele praticamente pirou.


Seus soldados e comparsas começaram a notar a mudança, e iniciaram um processo de fritura do Tota para o Marcinho.

Até que começaram a informar ao Marcinho que o Tota planejava um golpe dentro do Complexo do Alemão, colocando a facção TCP dentro do complexo.

Os gerentes e soldados pediram a autorização para retirar o Tota de liderança, e finalmente o Marcinho autorizou que retirassem.

Só que a carta chegou antes nas mãos dos homens de confiança do Tota, como o traficante conhecido como Jansen. Sabiam que iria morrer, e começaram a matar primeiro.


Mas o primeiro tiro nem foi disparado com tanta gravidade, porque rapidamente o grupo liderado pelo traficante Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, começou a caçar o Jansen e o Tota no Complexo do Alemão.

Pezão.

Conseguiram matar os dois traficantes. O Tota em especial, foi torrado no alto do Complexo do Alemão. Esse churrasco de bandidos no Alemão, entrou em pauta para a Policia e desvendaram que seria o sucesso do Tota no Complexo.

E o número 1 se tornou o traficante Pezão
.

QG do CV até a UPP


Pezão era um bandido de perfil tranquilo, que evitava mídia e era sempre fiel aos líderes da facção.

A mídia só descobriu sua existência, depois da divulgação da filmagem, onde os traficantes comemoravam a ascensão do Pezão no Complexo do Alemão.

A função do Pezão era bem simples. Arrecadar todos os lucros das bocas do Alemão, repassar para quem era de direito, e fazer todos os pagamentos para os traficantes que estavam detidos.

E isso ele fazia com perfeição, ganhando a confiança plena do Marcinho e do Elias Maluco.

Tudo corria conforme o planejado pelos bandidos. Ninguém entrava no Complexo do Alemão, e de lá, davam guarida para todas as comunidades que são CV do Rio de Janeiro.

Mas uma atitude burra que veio de dentro da cadeia, decretou o fim do QG no Alemão.


Para protestar melhorias dentro dos presídios, o Marcinho encabeçou uma ordem para que tocassem o terror na cidade do Rio de Janeiro. Tacando fogo em ônibus e matando policiais.

Bem ao estilo anos 90.

Só que a facção estava com uma mentalidade polarizada, e poucos concordavam com a administração do medo e violência. Sabiam que era inútil lutar contra o Governo dessa forma.

Tendo em vista que o CV já tinha começado a perder redutos para as Unidades Pacificadoras, ferindo os cofres do “caixinha” da facção. Onde tinha UPP, os lucros diminuíam.

Para não contrariar o chefão, os soldados do Alemão e Penha começaram a tocar o terro no Rio de Janeiro, chegando a queimar as pessoas vivas nos Ônibus.

As autoridades conseguiram interceptar essas reuniões do CV, e descobriram que as ordens partiram da cúpula do Marcinho.

Na época estava na moda ocupar as comunidades com UPP. Era uma novidade para todos. Rapidamente ganharam autorização do Governo para realizar a ocupação.

FB.
O primeiro alvo era no Complexo da Penha, pois descobriram que os ataques foram realizados pelo grupo do traficante Fabiano Atanásio, o FB, que já era peça importante da facção no Rio de Janeiro.

O FB assumiu a liderança no Complexo da Penha, aconselhado pelo traficante Elias Maluco, que já tinha entregado o seu reduto para o Marcinho, para não ganhar a culpa de tudo e conseguir algum beneficio dentro na justiça.

O missão do FB era liderar o tráfico em conjunto com o Mica, e ao mesmo tempo, expandir os territórios do CV no Rio de Janeiro.

Ele conseguiu tomar com sucesso o Morro do Juramento, Jorge Turco e Morro do Chapadão. Quando não puxava, ele ajudava os comparsas.

Mas fracassou nas invasões da Mineira, Macacos, Serrinha, Muquiço e Conjunto Quitungo.

O Marcinho ficaria inconformado com os insucessos do FB no Rio de Janeiro, porque além de ter um poder bélico e dinheiro em mãos, não conseguia concretizar as invasões rápidas, e sempre chamava a atenção da mídia.

Quando recebeu o “toque” para tocar o terror no Rio de Janeiro, de primeiro momento o FB não concordou, mas foi obrigado a fazer.

Insatisfação do Marcinho chegou ao Complexo do Alemão, que fez até o traficante Pezão perder a confiança em FB. Mesmo sendo vizinhos de muro, um não batia com o outro.


Quando começou o processo de ocupação no Complexo da Penha e Alemão, a ordem que veio dos presídios era pra não abandonar o morro, e confrontar de frente os tanques de guerra, helicópteros e as dezenas de soldados que subiram no Complexo.

Óbvio que os líderes Pezão e FB viram que não dava pra combater, e começaram o plano de retirada do Complexo.

Pezão convocou uma reunião entre os líderes no Alemão, para decidir o quê seria feito no momento, porque todos concordaram em sair do complexo, levando armas e dinheiro.

Na cabeça deles, a ocupação era só momentânea, depois aliviariam.


Mas ninguém compareceu na reunião no alto do Alemão, e todos trataram de fugir como dava. Se passando por morador, trabalhador, Pastor ou o quê dava no momento.

Segundo relatos, o FB entrou em contato com o Pezão e disse que sairia do Complexo, e iria para o Morro do Juramento, um morro vizinho.

Muitos saíram pela mata que separa o Complexo da Penha e a Favela do Juramentinho em Vicente de Carvalho.

Dizem que parte do grupo do FB fugiu pelo esgoto, parte de moto e carro pela mata, e uma parte comprou o transporte de policiais corruptos que estavam na ação.

Do grupo do Pezão, parte se passou por morador e conseguiu sair do Complexo.

Faustão e Branquinho.
Alguns se entregaram e outros foram detidos. Bem como os traficantes Branquinho e Faustão, e também o Mister M ou 50, gerente do Pezão, que preferiu se entregar e futuramente integraria a ONG Afro Reggae

Os bandidos de cargo baixo e sem expressão, ficaram no Complexo, e para sair dessa com vida, apelaram para o líder da ONG Afro Reggae

Chamara o José Junior para negociar uma rendição.


Uns se renderam, outros não. Mas a maioria foi morto em confronto com o Exército. E teve bandido que tentou fugir com armamento, ouro e dinheiro, e foi pego na saída do Complexo.

Bem como o traficante Dividro da favela da Mangueirinha em Duque de Caxias, que tentou sair dando tiros na guarnição e foi morto em confronto.

O Dividro estava com 3 fuzis, 3 pistolas e vários cordões de ouros no pescoço.

Pessoas disseram que muitos bandidos largaram os armamentos no chão e tentaram sair correndo. O Dividro pegava tudo que via no chão, para fugir pelo menos no lucro. Só que a tentativa foi falha.


Finalizando, o Complexo do Alemão e Penha foram pacificados (?) pela UPP.

Essa “Fuga desenfreada” dos chefões, irritou profundamente a cúpula do Marcinho.

Contabilizaram um prejuízo de mais de 300 milhões de reais, em drogas e armas do Complexo do Alemão e Penha.

E os traficantes Pezão e FB teriam que pagar essa conta.

Como era querido pelo Marcinho, o Pezão foi deslocado para a função de “matuto” e iniciou sua administração fora do Rio de Janeiro, no Complexo do Caramujo em Niterói.

Com o FB era dono de algumas bocas, e tinha preço em outras espalhadas no Rio de Janeiro, ele começou a quitar a divida repassando parte dos lucros para a “caixinha”.

Tudo que o FB tinha dedo, também era do grupo do Marcinho, até que as dívidas na Penha fossem quitadas.

Os anos foram passando e o Marcinho investiu alto no Complexo do Chapadão (CV) em Costa Barros.


Abrigou muitos refugiados do Comando Vermelho, e aumentou consideravelmente os lucros da facção, mas não chegava perto dos lucros exorbitantes dos Complexo da Penha e Alemão.

A Penha e Alemão mesmo pacificadas, se mantiveram vendendo os entorpecentes, mas não com os lucros de antigamente.

Muitos soldados foram abandonando o Comando Vermelho, antigos chefes optando por sair do crime, e as dívidas da facção crescendo exponencialmente.

Principalmente a divida com os parceiros da facção PCC, que revendia armas e drogas para o Comando Vermelho.

Depois da pacificação do Alemão e Penha, a facção foi capengando no Rio de Janeiro. Mesmo sendo a maior, foi perdendo a expressão para os rivais do TCP e ADA.

Dentro dos presídios os ânimos ferviam.

Muitos conselheiros se desvincularam da facção, até o próprio Isaías do Borel saiu do posto de general, passando o cargo para o Marcinho PV, em meio a votação.

Agora o presidente da facção seria o Marcinho PV, e ele seria o responsável por mediar os conflitos de todos os filiados ao Comando Vermelho.

Dai por diante começou outra era no Comando Vermelho.

Nas ruas o Marcinho queria se envolver e qualquer conflito dentro dos morros do CV, chegando a querer pegar o morro em questão para ele.

Desde 96 preso, sua mente estava estagnada, e ele não fazia ideia de como o tráfico no Rio de Janeiro tinha mudado.

Como um passe de mágica, ele começou a usar a “caixinha” para pagar os credores, para reaver antigas alianças.

Pagou caro para libertar alguns homens de confiança, de forma que eles organizassem novamente a facção dentro do Rio de Janeiro.

Marreta.
Conseguiu soltar mais de 20 traficantes do presídio de Bangu. Entre eles o traficante conhecido como Marreta. Que saiu com a missão de expandir a facção no Rio de Janeiro.

Pagou caro para soltar outros três homens de confiança, que foram os bandidos Fú da Mineira, Claudinho e Benemário.

Inicialmente o Benemário cuidaria da facção na cidade, e faria os repasses dos comparsas e pagaria os credores da facção.

Claudinho e Fú
Mas ele não conseguiu dar conta, pois os atuais chefes do CV em liberdade, não obedeciam as ordens do Benemário. Ele era antigo na facção, ficou muito tempo preso e não tinha amizade com todos.

Esse cargo foi repassado para os traficantes Fú e Claudinho da Mineira. Eles responderiam pelo Marcinho em tudo que fosse questionado.

Foram deslocados para o Complexo do Chapadão, o novo QG que foi formado. E também como forma de reaver os prejuízos que o FB causou aos cofres do Marcinho.

Benemário.
Já o Benemário foi deslocado para o Paraguai, na intenção de cuidar da distribuição da Maconha e Cocaína, pegando da fonte, para não pagar terceiros.

Mas rapidamente o Benemário foi interceptado e capturado pela Policia Paraguaia, passando o posto para o traficante Marcelo Piloto, que saiu do pacificado Mandela para dar seguimento nas atividades da facção fora do Brasil.

E a organização “ala” Marcinho foi arquitetado e realizada.


No Rio o Marreta expandia, o Fù e Claudinho cuidava, e os matutos repassavam as drogas e negociavam a compra de armas.

Se no quesito financeiro o Comando Vermelho foi se acertando com o Marcinho na presidência, ele continuava errando com a ideologia de enfrentamento.

E aplicou a politica de atacar as UPPs para recuar o Governo dos redutos do CV. Mas o efeito foi inverso e chamou mais mídia para a facção dentro do Rio.

Alguns líderes que não concordavam com isso, tiveram que andar com as próprias pernas, e não podendo usufruir dos “matutos”, fuzis e drogas da facção.

Mesmo com todos os problemas o CV foi se mantendo no Rio de Janeiro.

Já em Duque de Caxias, Niterói, São Gonçalo e interior do Rio de Janeiro, a expansão foi a todo vapor, salvando a pele financeira da facção.

O traficante Pezão conseguiu levantar o tráfico em Niterói, chegando a faturar milhões de reais por mês para o Marcinho, e aguçando o desejo dos comparsas em se mudar para fora do Rio de Janeiro.

Mas fora do Rio de Janeiro, quem organizaria o tráfico, seriam os homens da confiança do Elias Maluco, comparsa do Marcinho.

Os homens ligados ao Elias só visam lucro e poder, e pouco enfrentamento.

Deu tão certo essa tática, que começaram a fazer o inverso na distribuição de drogas e armas. Se antes saia do Rio para fora, agora, recebem Fora e distribuem no Rio de Janeiro.

Plano perfeito e lucrativo!

Mas não contaram que logo as autoridades iriam descobrir.

Para finalizar..

Hoje o Marcinho PV é tido como o principal líder dentro do Comando Vermelho, mesmo com decisões absurdas e irracionais.


Na mesma facilidade que ele ordena ataques, ele ganha mais processos criminais na sua ficha de crimes. Todos interceptados pelo governo.

Preso desde 1996, hoje o traficante soma 19 anos de encarcerarem, sem nunca ter ganho uma liberdade condicional ou semi-aberta.

É considerado pela justiça como um preso extremamente periculoso, que consegue se mover suas ações mesmo em presídios Federais, sem contato com o mundo exterior.

Não sabemos até quando durará a influência desse traficante dentro do Comando Vermelho, ou se um dia ganhará a liberdade, e sair do crime.

Mas o seu nome ficou registrado no “rol” dos criminosos históricos na cidade do Rio de Janeiro.

Deixe seu comentário ou mais informações para complementar esse texto.